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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O brasileiro afetuoso e a Economia

Somos mais afetivos que intelectuais. Essa máxima soa como àquelas grandes "sacadas" inspiradas após alguns momentos de êxtase espiritual da alma humana; por que em grande parte tal afirmativa encontra sentido e guarita na realidade em volta. Agora nessa crônica gostaria de tratar do afetividade do brasileiro frente aos rumos da Economia brasileira e mundial.

Nada melhor que tratar desta temática em tempos de notícias e furos midiáticos positivos acerca do desempenho econômico brasileiro nos ultimos 5 anos, especialmente dos últimos dois anos quando fomos inseridos dentro de um grupo seleto das 8 grandes economias do mundo.

Desde já, confesso que não há nada mais animador que ir ao caixa do nosso banco e conferir o saldo positivo, ou, conferir o contra-cheque e os números referentes ao nosso pagamento mensal. Nada mais confortável e aliviador, especialmente para as dores de cabeça daqueles que têm contas à pagar. Enfim, há pessoas que o humor delas é controlada pela quantidade de dinheiro disponível no limite do cheque especial; para alguns executivos o humor deles são sensíveis aos valores das suas ações no mercado financeiro.
Daí porque a economia é um assunto que brasileiro prefere dar um tratamento mais afetivo que racional. Ficamos felizes e até um pouco esperançosos quando o casal nacional anuncia que o PIB brasileiro do trimestre atual superou em bilhões o PIB referente ao mesmo período do ano passado. Não importa se isso implica em aumento da dívida externa, ou mais dinheiro nas mãos de poucas pessoas e famílias bastardas que em sua maioria moram viajando pelo mundo. Brasileiro não está preocupado com o esgotamento das reservas minerais e fósseis uma vez que a economia mundial ainda tem como ponto forte de exploração as riquezes advindas do meio natural.

O sentimentalismo brasileiro prefere crer que somos o "país do futuro" só por estarmos entre as 8 maiores economias do mundo atual enquanto há pessoas isoladas em florestas que mal sabem que são brasileiros do futuro.
Somos afetivos também por que somos o povo que mais aposta em jogos de azar e nas loterias federais. Quase todas os meses milhares de nós nos aglomeramos em frente ao Jornal local para conferir os números da mega-sena na esperança de sermos o mais novo milionário da parada.

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