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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Por que falar do 09/11?

Embora o assunto pode estar bastante saturado, especialmente para os vestibulandos e concursando de plantão, lançarei luzes à algumas razões que considero importantes. Ou seja, por que o ataque do 11 de setembro às torres gêmeas, nos Estados Unidos da América, foi tão marcante para a história desse país e para o restante do mundo?

Em primeiro lugar, do ponto de vista da logística terrorista, o ataque às torres gêmeas nos EUA, contabilizando a morte em torno de 5 mil pessoas, e tendo por foco de ataque o centro financeiro do mundo ocidental (World Trade Center), foi marcante porque inaugurou um "terrorismo de novo estilo", demonstrando ao mundo as ambições globais dos terroristas, aliada ao modo violento e implacável de como o plano foi executado.

Em segundo lugar, considero marcante para a história mundial porque o ataque referido deu início a uma caçada oficial do império norte-americano aos suspeitos, desencadeando na adoção de medidas internas e externas de segurança intensas. Por medidas internas, os EUA reforçaram as fronteiras aumentando o monitoramento de pessoas que entravam e saíam de seu território. Já por medidas externas, o ataque do dia 11 de setembro resultou na invasão do Afeganistão, sob o pretexto de que o principal suspeito da ação terrorista era o afegão Osama Bin Laden (que só veio a ser pego no governo de Barack Obama, no início de 2012).

Em verdade, ao falarmos da história desse ataque, se deixarmos de citar esse nome estaremos comprometendo com os dados históricos, embora, não hajam indícios e provas materiais robustas para montar o nexo de causalidade entre o personagem citado e os ataques em debate. 

Em terceiro lugar, poderia o ataque do dia 11 de setembro ser ainda mais marcante caso fosse possível a comprovação da tese segundo a qual o referido ataque teria sido orquestrado não por um terrorista fundamentalista do oriente médio, mas sim pelo próprio governo norte-americano, para justificar sua retomada imperialista enquanto potência militar ocidental, guiada por motivos e interesses econômicos, na concepção dos adeptos à teoria da conspiração.

Agora, como expectador ocidental da tragédia narrada, a versão oficial histórica da qual podemos nos garrar é a de que, embora tenha sido abalada por crises econômicas nesses últimos anos ao adentrar em recessão, os EUA continuam sendo a principal potência mundial e suas ações ainda continuam sendo decisivas para a narração da história mundial.