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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O brasileiro afetuoso e a política

Nada melhor e interessante voltar a escrever no meu blog sobre um tema que brasileiro adora, ainda mais se for para ser discutido em mesa de bar ou nas salas de espera de algum consultório, e trata-se da Política. Mas não se trata de qualquer política, seja no sentinto etimológico da expressão na sua linguagem original em grego que significa "pólis" - ou nas teorias de cientistas políticos como Hobbes, Lock, Benthan, Fernando Henrique Cardoso e dos desdobramentos do que seja o Estado e suas implicações filosóficas. Afinal de contas, o tom da conversa nessas modestas linhas deve ser regrada ao informalismo e descontração, portanto caros amigos pedantismo acadêmicos por ora não são bem-vindos; não que as teorias da ciência política sejam inúteis, mas convenhamos, cerveja, fumaça de cigarro e torresmino "cabeludo" de tira gosto não combina com Utilitarismos, Contratualismo e outros ismos quaisquer.

Conversa de bar deve ser paltada pela inconveniência do assunto, pela irreverência,do tom de voz e até da postura; nesses ambientes a sociedade trata das suas faces mais sujas; e entre essas faces sujas os rumos da política no Estado democrático brasileiro. Sim, por que não há nada em um raio de milhões de anos-luz em volta da galáxia a qual nosso pequeno soberbo planetinha pertence que seja mais sujo e indigesto em termos de qualquer conduta moral conhecida que a "politicagem" brasileira.

Os manuais e história autorizados do Brasil nos ensinaram que nossa matriz administrativa adveio da famigerada estrutura portuguesa, marcada mais pelas conquistas e conchavos políticos entre amigos da corte e por laços de afetividade. Daí por que brasileiro costuma ser mais afetivo que intelectual; daí talvez a minha insistência em falar em âmbito de prosa de "buteco" que em mesas e cadeira de universidades. Pode ser também que essa nossa origem cultural portuguesa tenha influenciado desisivamente na forma como lidamos com a política, e por assim dizer, com a forma de tratar do Estado e governar as pessoas.

Brasileiro se identifica facilmente com os sentimentos que a figura do político pode despertar que o sentido racional da função a qual ele exerce dentro da estrutura de governo. Quer saber, essa conversa já está tomando rumos de pedantimos e abstrações, mas é impossível fazer crítica sem recorrermos aos modelos sofisticados do paradigma racional.

Por sermos mais afetivos brasileiros, em termos gerais não gostam de tratar de politica sem esperal algo em troca. Brasileiro consergue ser ao mesmo tempo afetivo e egoísta, já que o político no qual votamos deve satisfazer somente as minhas necessidades pessoais e não a finalidade do Estado.

Eu recomendo que sejamos mais intelectuais e menos afetivos para lidar com a política. Em tempos de eleições a nível estadual e federal é bom pararmos e sentarmos em uma mesa de bar qualquer para falar de coisa sério.

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