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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Precisa-se de paixão

Em outros tempos, ainda quando a oferta de empregos no Brasil era mais frequente e corriqueira, costumávamos ver em placas e outdoors espalhados pelas ruas algumas dessas frases: "precisa-se de costureira", ou "precisa-se de pedreiro",enfim. Sem desconsiderar os erros grotescos e bárbaros que em algumas ocasiões poderia ocorrer, sabemos que a falta produz a necessidade.
Ultimamente, não vemos com tanta facilidade essas propagandas em função das dificuldade econômicas que atualmente nos aflinge e não em função das chacotas que alguns dicionaristas de plantão gostam de fazer em alguns programas de televisão sobre a simplicidade e ignorância que revelam essas frases.

Mas, não me interesso nesses instante pelas gramáticas, apenas pela paixão, embora eu esteja me valendo do pronome reflexivo "se", cuja classificação na frase "precisa-se de paixão" indica índice de indeterminação do sujeito. Entretanto, não é do feitio desta singela crônica tratar sobre a vivacidade da língua portuguesa.
Assim como há falta de emprego no mercado há um item muito em falta nos nossos afazeres diários, e se trata da paixão.

Crescemos, vivemos, nos reproduzimos, criamos o cotidiano, aprendemos línguas, vamos a escola, às faculdades, às festas de aniversário, e, às vezes, parece que fazemos o elemento paixão está em falta.

Mas se me perguntas qual o siginficado aqui empregado da palavra paixão, eu não ousaria responder em poucos verbetes como fazem os dicionários. Prefiro deixá-lo em aberto; mas, pense na paixão aqui como sendo o combustível que anima a alma humana a agir; ou, o que em termos psicanalíticos seria algo próximo do que Freud entende de forma amplíssima o sexo. Segundo sua teoria o desejo que nos move tanto para as ações positivas de vida e as negativas de morte, tudo o que se faz é movida pelo instinto sexual. Não confunda esse instinto sexual com a prática do ato em si, o que Freud quer dizer está mais relacionada a ideia de prazer e ânimo da alma em agir que a necessidade biológica e química dos corpos.

Não pretendo ser repetitivo ou destratar as teorias freudianas,mas o que percebo em volta do mundo é a falta que a paixão nos causa quando nos empreendemos em projetos e planos. A frieza e a cautela,obviamente são importantes em momentos em que é preciso ter calma e paciência para a efetivação daquilo que pensamos. Todavia, qualquer plano ou projeto realizado sem PAIXÃO tenderá ao fracasso. Olharemos somente para o dinheiros, ou para os interesses materiais em si, e quando menos esperamos estaremos abandonando e chutando o balde outra vez. Não á toa, de repente seria muito interessante de vez em quando colocarmos nos desktops dos computadores, nas faixas penduradas nas ruas a seguinte frase: Precisa-se de paixão.

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