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sexta-feira, 5 de março de 2010

A última liberdade

Ao longo das eras a história da humanidade vem sendo marcado por estágios de conquista da liberdade. No campo da filosofia, na religião, na política, no seio família, o desejo e instinto por autonomia ou pelo simples satisfação de se sentir no controle das decisões vários homens e mulheres se destacaram a ponto de sacrificarem suas próprias vidas em nome de ideais de liberdade.
Pela liberdade religiosa, por exemplo, Martinho Lutero publica no século XVI as 95 teses de Westiminster e assim demarca o início da reforma protestante, cuja principal conseqüência foi a liberdade e autonomia do ser humano em ler e examinar livremente o Texto Sagrado sem proibições e agravos de uma Instituição religiosa.
Em nome da liberdade individual em face do Poder Absoluto do Estado Moderno prefigurado na pessoa do Rei vários intelectuais arriscaram ser caçados pelo Index Católico ao publicar obras cujas teorias desafiavam a autoridade do governante poderoso trazendo novas perspectivas. Alguns chegaram a dizer que o poder do soberano precisava ser limitado em face da liberdade do indivíduo.
Em nome da liberdade de fato, negros trazidos como escravos pelo sistema escravista colonial ao Brasil criaram refúgios – os quilombos – para assim fundarem uma sociedade de sujeitos livres e distantes dos castigos e crueldade dos senhores de engenho.
Por suas ideais contundentes e firmes sobre o fim do preconceito racial nos Estados Unidos Martin Luther King é assassinado.
Deste modo, durante vários séculos a humanidade vem lutando por liberdade em diversos aspectos da vida. Contudo, há um ultimo estágio para a humanidade atingir a liberdade plena. Por acaso temos nós os poderes nas mãos de escolherem onde, quando, em que país, lugar ou genitores nos darão à luz antes mesmo de termos consciência de que estamos vivos? Até presente momento nem os cientista mais loucos e renomados possuem alguma resposta matematicamente correta para os segredos mais obscuros da Razão. O homem jamais atingirá o poder total ou a liberdade plena de decidir mesmo pela vida antes de ter vida. Apenas os ciborgues – misturas de orgânicos e componentes mecânicos de vida artificial poderiam desafiar as leis básicas da física e da natureza sobre o corpo humano ao eliminar as sensibilidades próprias de um sistema nervoso totalmente orgânico como o nosso. Por enquanto nos conformemos com realidade dura da efemeridade da vida humana.

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