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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O prejuízo de se manter Heróis

A humanidade é rica em histórias, mitologias e contos, passados pela tradição escrita, ora pela tradição oral de homens e mulheres acima da média. Muito fortes, muscolosos, e às vezes ou se não for a maioria das vezes os galãs e as mocinhas mais lindas de Hoolywood. Usam capas voadoras, tem dupla personalidade e são amados por todos, a não ser por algum esquizofrênico diretor de um jornal local e claro pela bandidagem. Combatem a criminalidade pois representam o ideal máximo da força estatal pois sempre trabalham do lado do "bem" - diga-se do poder público, e ainda tem tempo para investir em algum romance, obviamente para não se mostrarem tão soberbos os pobres mortais, já que à estes foi dado o peso e o flagelo da possibilidade de se apaixonarem. Esses de quem escrevo agora são os Super-Heróis. E tudo com letras maísculas.
Batman, Super-Man, Mulher maravilha, Homem-Lanterna, Arqueiro-Verde, Spider-Man, Robin, Flash, Dragon Ball, Super-Chock, Aquaman, e a lista se arrasta por mais alguns "trocentos" mocinhos e mocinhas.
Sabemos que super-heróis são a representação máxima das qualidades humanas mortais e relativamente baixas. A humanidade cria aviões por não terem asas. Criam armas de fogo por não possuírem força muscular suficiente para se defender. Criam computadores, gps e internet para terem máximo controle sobre informações e a tudo verem longe de seu alncance natural.
Já os super-heróis não precisam nada disso, a não ser o Batman que na verdade é o mais humanos dentre essa lista. Heróis não precisam de parafernalhas tecnológicas pois já possuem em sua própria estrutura. Destarte, eles são a criação fictícia do imaginário coletivo da humanidade que anseia superar seus limites. Em compensação, os homens e mulheres passam a confiar demais nos heróis. São passivos, e às vezes chegam a ser irracionais ao pensaram que a qualquer momento um super-heróis sairá dentre as nuvens, ou pelo ralo do seu encanamento ou do tubo infétido desse aparelho que chamamos televisão. Preferimos ceder ao imediatismo da força que as essas figuras sustentam ao tentar superar nossos próprios limites. E assim, a humanidade fica ideologicamente mais dependente da figura imaginária de algum herói.
E nesse caso, o prejuízo para se manter um ideal representativo não vale à pena. E duro ainda mais é saber que não somos mais infantes cuja inocência nos permitiam sonhar e a falar em heróis como se eles fizessem parte do equilíbrio do bem no mundo.

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