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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A esperteza do Grande Irmão do Norte...

Ao contrário da tese de que os demônios descem do norte de Delcio Monteiro de Lima na qual todos os males sulinos do continente tinham origens ao norte, é preciso reconhecer humildemente a esperteza do Grande irmão.




Pelo que se conta de forma unânime na Historiografia geral, as bases do imperialismo norte-americano ao longo dos séculos teve início com o avanços das fronteiras ao oeste do pais sob a propaganda de cunho nacionlista "ao oeste filho!". Ao final da guerra de secessão na qual os interesses das colonias comerciais brancas do norte do país são sobrepostos definitivamente sobre a elite colonial dos estados sulinos, os EUA se vê na iminência de consquistar o mundo inteiro. Territórios do México são conquistados ao longo do oeste até ao outra ponta extrema do continente na costa do oceano pacífico, confirmando assim controle sob os dois maiores oceanos do mundo.


Entre as décadas de 1850 e 1912 a economia norte-americana se vê em salto nas suas receitas internas de modo exorbitante; entre 7 a 189 bilhões de dólares. Desde a declaração de independência em face da Inglaterra até a consolidação do sistema sobre os estados do sul após a guerra de secessão, os Estados Unidos se mostraram desde tenra idade preocupações e tendências imperialistas.
Por trás da política externa nada tímida quanto aos demais povos, os norte americanos acreditaam piamente em uma ideologia do "o fardo do homem branco", na qual ao europeu fora dada a tarefa de vagar pelo mundo e "civilizar" as nações "primitivas".
No plano teórico, coube ao Almirante Mahan ao constatar a importância do domínio ultramarino da Grã-Bretanha e propor em sua obra "The influence of sea power upon History" a tese de que os Estados Unidos deveria lançar-se aos mares a fim de conquistar seus domínios e rotas - a exemplo dos ingleses. Uma convicção nada tímida - aliás surpreendemente egoísta e lógica ao mesmo tempo.
À partir da influência que esta tese reverbera aos governantes norte-americanos, influencia inclusive decisiva sobre uma personagem que mais tarde se tornaria presidente dos EUA - Thedore Roosevelt o grande irmão do norte se imperializa. Estende seus domínios sobre o Golfo do México, os mares do caribe e na américa central adquire uma estreita faixa de terra na malandragem que à época pertencia a atual Colômbia, e que posteriormente viera a ser objeto de um plano imperialista que almeja conquistar o oceano pacífico em caminho mais curto. A construção do canal do panamá, em uma malfadada aventura pelo tropical central repleto de doenças tropicais, fora responsável por mais de 5 mil mortes - segundo os dados da história oficial.
Os reveses imperialistas dos norte-americanos não param por aí. No período pós Congresso de Viena no ano de 1815 onde países europeus conservadores almejavam restaurar equilíbrio por meio da monarquia absolutista já abalada por revoluções liberais por meio da Santa Aliança - em um processo regressista - os EUA se vê na iminência de proteger a américa latina que durante o mesmo período passava por processos de independência de suas metrópoles. Nesse caso, e, mais do que nunca, "américa para os americanos" será o lema da Doutrina Monroe, elaborada por James Monroe em carta enviada ao congresso, na qual expunha a defesa dos novos países frente a colonização európéia, mas com um detalhe, com ajuda do nosso "Grande irmão".



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