Para quem não tem medo de pensar...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

"A correnteza do rio vai levando..."

A vida é um rio, ou a vida é como um rio??? (é uma comparação ou uma metáfora?)

Ao refletir sobre minha atuação situação, repenso e para pra pensar nos fundamentos da minha vida. Mas o que é falar em fundamentos? Para mim, fundamento é estágio primário, pressuposto da existência daquilo que é posterior, ou seja, condição basilar das demais coisas. Em metáfora, o fundamento é nascente daquilo que chamamos rio. A vida é um rio, (e aqui temos uma metáfora) e quem disse isso não foi eu, um grego já dizia que as coisas fluem como um curso das águas de um rio, e portanto, tudo está em movimento e que nada volta como era anteriomente.
Mas com o passar dos anos, nos atemos tanto às mudanças, e a esses movimentos que não retornam mais porque nos desligamos da foz, do fundamento, do início desse curso fluvial. Pois bem, repensar os fundamentos de uma vida é como que nadar ou direcionar a embarcação na contra mão do curso fluvial chamado vida, ou melhor, é nadar contra a corretenza. Será por isso que o compositor certa feita disse: "a corretenza do rio vai levando aquela flor", em um tom de lamento e tristeza profundos tais como se a flor, aquele objeto tão desejado, no levar e na força da correnteza já não voltaria mais. Assim nos desligamos facilmente da origem ou da nascente de nossas vidas.
Pensando nas atuais circunstâncias, peculiares e bem pormenorizadas (ou seja, circunstâncias a mim somente) sou forçado a nadar contra a maré, ou melhor, contra a correnteza do meu rio caudaloso.
Esse meu rio, diga-se de passagem, é guiada tanto pelas leis naturais e imechíveis, quanto que por leis bem presas a minha vontade, isto é, leis condicionais aos meus rumos e desejos.
Mas, porque temos, pelo menos penso eu, que voltar a nascente?
Se olharmos mais uma vez para a nossa trajetória perceberemos que o rio ao longo de seu curso de suas ribanceiras e cidades que o margeiam vai sendo poluído por dejetos. Suas matas, ou melhor, os arbustos e raízes verdes responsáveis por segurar a terra em volta do rio vai sendo pouco a pouco retirados; este rio vai se poluindo, perdendo profundidade e tornarndo se barrento e escuro.
Mas como se sabe, o rio tem apenas uma direção, de modo que há sempre trechos do mesmo que são intocáveis pela presença dos poluentes. À medida que caminhamos rumo a nascente, o rio vai se tornando mais limpo, o seu tamanho diminiu claro, mas suas águas são novinhas e repelem no ar um cheiro de terra molhada.

Voltar ao fundamento é beber da água que acaba de sair da pedra, da nascente no alto da montanha.

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