Para quem não tem medo de pensar...

sábado, 16 de maio de 2009

Pistolas e discursos: por uma paz perpétua

Quem é brasileiro sabe do que vou falar nestas próximas linhas.
Não se pode excluir do imaginário brasileiro a cultura do morro e seus costumes. Por exemplo, quem não se recorda das produções cinematográficas de sucesso gravadas nos morros da Favela da cidade Marivilhosa; produções como "Cidade de Deus", ou "Cidade dos homens"; uma bela dobradinha do cinema nacional? Quem por acaso não tem em mente as cenas tratadas sob o pano de fundo dramático de histórias de homens e mulheres marcadas pela violência, tráfico de drogas e tudo mais?

Pois bem, a trama e a ficção andam de mãos dadas quando o assunto é tratar da realidade nua e crua que envolvem milhares de pessoas debaixo de um mundo onde o conceito de violência é absoluto em suas experiências.

O que trato de escrever é mais um protesto, um clamor à natureza racional do ser humano do que uma simples crônica para o divertimento do blogueiro de plantão.Sim porquê não existe nada de mais irracional que procurar a opção da "automática" ao invés do discurso; ou ainda, procurar o caminho da força do que o caminho da palavra. Onde residirá tal instinto? E digo instinto exatamente por causa da pecualiridade intrínseca ao ser humano.

Alguém já parou pra pensar hoje que somos os únicos seres racionais (pelo menos à um raio de extensão de bilhões de estrelas?) de que se tem notícia?. Acaso já paraste para racionar no poder que há nas palavras e na diplomacia?
Certamente não sou eu o primeiro a trata da paz. Todos os grandes homens/mulheres da história trataram do assunto; uns sob a forma de discursos romantizados, outros sob a forma de linhas filosóficas; e ainda outros sob a forma artísticas de seus dons e talentos. Não importa. Todas as grandes era da história tratou de registrar discuros em face de armas ou ainda, diplomacia em face da guerra.

Onde vamos parar com todas essas "automáticas", fuzis, granadas, bombas e palavras?
Sim, palavras também. Porque todos os dias somos bombardeados por palavras carregadas e inflamadas como fogo.

Não se engane quanto ao meu fundamento quanto ao apelo que faço à natureza racional excluvisa humana: acaso já vistes na natureza algum tipo de animal utilizando do recuso linguístico avançado como o nosso para combinar entre partes em um acordo sobre normas de comportamentou ou de organização social? Pelo que sei, até onde nossos estudos e pesquisa alcançou, alguns seres como os golfinhos e algumas espécies de macacos já possuem um sistema de linguagem bem primitivo composto por entre 10 a 100 tipos de sons catalogados e ligados à um tipo de comportamento. Mas não resolve quanto ao problema da violência entre animais, porque não podemos tratar de comportamento nocivo entre animais simplesmente pelo fato de que são guiados pela programação biológica institiva dos seus genes.

Dentro dessa perspectiva faço alusão a um dos maiores filósofos que se preocupou com o tema da violência e da paz como recurso racional de resolução de conflitos da humanidade: Immanuel Kant. O filósofo alemão em sua obra A PAZ PERPÉTUA, postula sobre a necessidade de ordem normativa a nível internacional, baseado em seu IMPERATIVO CATEGÓRICO: ages de tal modo que a tua ação se transforme em uma lei universal.

Não podemos negar o fato de que caminhamos para uma necessidade de um ordenamento jurídico universal cujos valores sejam a coexistência pacífica e harmônica de todos os povos pela superação das diferenças inconciliáveis; em outras palavras, alguém sempre terá que abrir mão de ser o dono da verdade ou de ter a voz da razão. A tendência é a construção de ETHOS (ética) mundial que proporcione o diálogo. Não é demagogia, é necessidade de sobrevivência.

Com base nisto, será possível, por exemplo, todos ao mesmo tempo pegar em armas? Ou, será possível que todos cometam roubos simultaneamente? Obviamente estaríamos fadadados ao CAOS TOTAL, ou naquilo que HOBBES já dissera: GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS.


A minha tese é: somos seres racionais e a nós foi dado um outro recurso distinto da arma, o construção dialógica da verdade; isto é, o diálogo.


Um comentário:

Unknown disse...

ica eh puura Relações Internacionais...hehe