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terça-feira, 23 de novembro de 2010

A mancha de um ministério

Os canais midiáticos atualmente se esbanja de notícias à respeito da conduta do Advogado do Goleiro acusado de mandante em crime de homicídio. Talvez, nunca se tenha falado tanto negativamente sobre a profissão do advogado como agora, pois as circunstâncias não nos deixam outra opção. A Advocacia, conforme o texto constitucinoal no art.133 assim predispõe: "O advogado é indispensálvel à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão...".

Mas, diante do quadro exposto nos jornais, qual é a justiça que advogados como esse do referido caso acima acredita ou exerce? Na famosa pergunta do autor inglês Alysdair Macyntire "Justiça de quem, qual racionalidade"?.

Como bacheralando em direito e aspirante à militância advocatícia, me preocupo seriamente quanto à imagem pública do advogado. A repercussão negativa de atuações lastimáveis como a desse caso me leva a concluir que alguns advogados são dispensáveis, e sua existência profissional transforma-se numa mancha que estraga toda a beleza do sacerdócio.

Não estou sendo romântico demais, o problema é que a modernidade e a moralidade laica dos nossos tempos não comporta o juízo de consciência. Ou seja, a moralidade tornou-se uma conduta objetiva de tal forma que, não interesse se tal pessoa está cumprindo ou não com os deveres morais básicos, desde que ela ganhe dinheiro, dê ótimos rendimentos, e seja comprometidas com as metas.

O advogado, não trabalha para construir fortunas, pois o ministério da advocacia naturalmente não permite; e isso é exatamente o problema de determinados advogados. A advocacia é uma das poucas profissões no mundo moderno que passeia entre a prosperidade material e a conduta moral. Claro que todos as profissõe possuem seus códigos e estatuso de ética, porém o Advogado é a única profissão prevista na Carta Magma cuja atuação deve ser indispensável ao funcionamento do Poder Judiciário no país. O médico não possui o dever legal de fazer funcionar a Justiça, o engenheiro, o comerciante, o diretor de empresa. Nenhum desses são indispensáveis.

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