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sábado, 18 de julho de 2009

Toda repressão gera revolução

A frase "toda repressão gera revolução" parece soar mais como um clichê da ciência política, mas que guarda em seu significado verdades históricas da experiência humana. É bom esclarecer aqui que o termo revolução está ligada à idéia de inconformismo.
Desde o nascimento e desenvolvimento de um ser humano, por exemplo, o seio familiar pode ser o primeiro cenário social onde o fenõmeno da rebeldia ou da revolução no sentido mais negativo do termo pode conceber. Sabe-se que a família é o primeiro nível relacional estabelecido nas sociedades humanas mais conhecidas, portanto, é nesse ambiente que as primeiras noções de autoridade, obediências, regras e leis são ditadas. E não sem razão, é nos ambientes familiares que os primeiros sinais da rebeldia são constatados; obviamente não sem motivo. Toda repressão gerará revolução.
Tal frase soa às vezes como uma fórmula de relações intersubjetivas ação e reação, isto é, na medida em que se verifica repressão, se verificará a revolução.
Como já dito, a história não mente sobre tal relação entre rebeldia e repressão. É como se a rebeldida fosse uma válvula de escape do ser humano detentor da liberdade. A rebeldia nesse caso seria um ponto de equilíbrio entre o mundo das regras alheias e o mundo das regras pessoais.
Transpondo para a experiência do campo político, temos o exemplo mais recente da democracia há pelo menos 20 anos com a Constituição Federal de 1988 e o respectivo Estado Democrático de Direito no qual é inaugurado uma nova configuração política após anos de repressão da ditadura militar. Alguns estudiosos da constituição afirmam que uma das razões da nossa Carta Magma ser tão analítica e repleta de leis e detalhes está no fato de que o Brasil vinha de um período muito repressor. Esse exemplo não poderia ser melhor encaixado nessa dissertação porque a história da política brasileira demonstra este fato: toda repressão gera revolução.

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